domingo, 26 de abril de 2009

Malha Ferroviária Brasileira


A malha ferroviária do Brasil é obsoleta, com traçados antigos onde correm lentos e enormes trens cargueiros. Os serviços de passageiros praticamente acabaram, e os de carga transportam hoje minérios, produtos agrícolas (como a soja, o milho e o arroz), bobinas de aço, toras de madeira, combustíveis, containers, carvão mineral (sobretudo na Ferrovia Tereza Cristina) e demais produtos industrializados e agrícolas. A única linha de passageiros que ainda preserva serviços diários de longa distância com relativo conforto é a ligação Belo Horizonte-Vitória; há também serviços suburbanos de passageiros nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, João Pessoa, Natal, Recife, Fortaleza e Teresina. Entretanto, ainda existem algumas ferrovias de interesse exclusivamente turístico em funcionamento, tais como Curitiba-Paranaguá, Campinas-Jaguariúna e a linha urbana do Memorial do Imigrante de São Paulo.


História
A Baronesa era o nome da locomotiva do primeiro trem a circular no Brasil; na sua primeira viagem, no dia 30 de Abril de 1854, percorreu a distância de 14 km num percurso que ligava a Baía de Guanabara a Raiz da Serra em Petrópolis no Rio de Janeiro. Irineu Evangelista de Souza, Barão de Mauá (depois visconde), foi o responsável pela construção desta ferrovia através da concessão dada pelo príncipe regente D. Pedro II, conhecida por Estrada de Ferro Petrópolis ou Estrada de Ferro Mauá.

A expansão ferroviária do início do século XX trouxe desenvolvimento econômico e social para inúmeros municípios do interior brasileiro, como Santo Ângelo (Rio Grande do Sul)
Quando da Proclamação da República, em 1889, já existiam no Brasil cerca de dez mil quilômetros de ferrovias, mas foi no início do século XX que se deu um grande passo no desenvolvimento das ferrovias, tendo sido construídos entre 1911 e 1916 mais cinco mil quilômetros de linha-férreas.
A Central do Brasil foi um marco importante na história ferroviária do Brasil. Ela era a única ferrovia verdadeiramente nacional, já que ligava entre si os três principais estados do Brasil, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Esta interligação tinha um enorme movimento de pessoas e cargas, e foi importantíssima no escoamento da produção das jazidas de minério de ferro de Minas Gerais.
Em 30 de setembro de 1957 é criada a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) que unificou as 42 ferrovias existentes, criando um sistema regional composto por 18 estradas de ferro. É por esta altura que surgem também as primeiras locomotivas a diesel no Brasil. Nesta altura, a rede ferroviária já se estendia por 25 mil quilômetros, (alguns já eletrificados), com ligações à Bolívia, à Argentina e ao Uruguai.
Em 1996, as ferrovias são privatizadas e as suas linhas divididas por várias empresas: América Latina Logística, Brasil Ferrovias, Companhia Ferroviária do Nordeste, Ferrovia Centro Atlântica, Ferrovia Teresa Cristina e MRS Logística.
A RFFSA então entrou num caminho da liquidação a partir de 1999. Está incluído no Plano de Aceleração do Crescimento a extinção definitiva dessa rede estatal.
Em 2008, o governo federal anuncia a construção do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo, incluindo o projeto na cartilha do PAC. O projeto marca a retomada no investimento na malha ferroviária do país, que encontra-se em degradação.

Um comentário:

  1. estou querendo escrever sobre a locomotiva de campo maior e preciso entender o contexto histórico das locomotivas e estrada de ferro do brasil. gostaria que mr repassasse se pudesse, alguma fonte meu email é isauiradorgas@hotmail.com

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